O grego Esopo é considerado
o pai da fábula como gênero literário.
Embora não haja certeza de
que ele tenha existido, tratando-se de um personagem lendário, diversas fábulas
que lhe foram atribuídas são passadas de pais para filhos, geração após geração
desde o século VI antes de Cristo.
Certamente você já deve ter
ouvido os contos: “ A cigarra e a Formiga”, “A Raposa e as Uvas”, “A galinha e
os Ovos de Ouro”, entre tantos outros.
É dele também a famosa fábula
que narra a corrida entre uma lebre e uma tartaruga.
A lebre, confiando em seu
talento natural (a velocidade e agilidade), acaba relaxando durante o desafio
e, depois, não consegue alcançar a vagarosa – porém persistente e determinada –
tartaruga, que acaba vencendo a aposta.
O ensinamento que nos
transmite Esopo com essa fábula é fantástico: independentemente das nossas
condições, se trabalharmos com afinco e perseverança, certamente atingiremos os
nossos objetivos.
Se traçarmos um paralelo entre
essa fábula e a vida profissional, a lebre seria aquele sujeito extremamente
talentoso, capaz de apresentar resultados extraordinários, mas um tanto quanto
preguiçoso, que sempre gosta de deixar suas responsabilidades para depois.
A tartaruga seria o trabalhador
disciplinado, bastante esforçado e extremamente focado em suas tarefas, mas que
não conta com um talento natural para a atividade.
A fábula, no entanto, é
incompleta ao desconsiderar a existência de outros dois tipos de animais: a
lebre esforçada e a tartaruga preguiçosa.
Mo mercado, sonho de
qualquer empresa é encontrar uma “lebre” perseverante e esforçada, o tipo de
profissional extremamente talentoso, que sente prazer em trabalhar com afinco e
em surpreender com seus resultados.
Entretanto, essa é a espécie
mais rara de ser encontrada. Por quê?
Porque no fundo, toda lebre
tem consciência de sua natureza.
Ela sabe que não é preciso
se esforçar muito para fazer algo bem feito e acima da média dos demais
profissionais, o que alimenta a forte tentação de procrastinar – algo como
ficar grudado no Facebook, mas fingindo estar trabalhando.
De qualquer forma, as
empresas precisam das lebres.
Precisam do talento e da
genialidade que somente elas possuem.
Por isso é cada vez mais
comum as empresas oferecerem mais liberdade e fazerem vista grossa quando uma
lebre chega atrasada, brinca na internet ou falta ao trabalho.
Mas não pense que apenas as
lebres são cobiçadas.
As tartarugas perseverantes
e esforçadas também são essenciais em uma organização.
Elas apresentam ótimos
resultados, trabalham com afinco, são responsáveis e extremamente necessárias,
uma vez que sua disciplina e comprometimento são fundamentais na construção do
sucesso de uma organização.
O maior problema está em ser
uma tartaruga relapsa e preguiçosa.
É o tipo de profissional que
as empresas querem distância, pois eles não têm capacidade de apresentar
resultados e sequer se esforçam para isso.
Em uma equipe, as tartarugas
preguiçosas não acrescentam em nada; pelo contrário, apenas subtraem as
energias do time e contaminam o ambiente com sua postura desleixada e baixa
qualidade do seu trabalho.
Que tipo de profissional eu devo ser?
Quase todos temos a tendência
natural e narcisista de nos considerarmos a última bolacha do pacote.
Dessa forma, é muito fácil
pensarmos que somo a mais talentosa de todas as lebres,mesmo sendo, no fundo,
uma lenta e pesada tartaruga.
Para não cair no risco de se
autoenganar, siga o conselho de Esopo: esforce-se. Esforce-se ao máximo.
Se você for uma tartaruga,
irá colher bons frutos, sempre conseguirá atingir seus objetivos e, de tanto
esforçar-se, poderá até quebrar o muro que separa as tartarugas das lebres.
Se você for uma lebre, não
desperdiçará seu talento com preguiça e comodismo (o que seria um pecado) e irá
elevar seus resultados ao nível que só um gênio consegue atingir.
O que você escolhe?
Adm. Leandro
Vieira
Autor do
livro: Seu futuro em Administração (Campus/Elsevier)
FuturaMente – Treinamento, Assessoria e Consultoria Ltda.
www.futuramente.com.br
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