Certa feita, fornecedores de peças para os motores dos automóveis produzidos por Henry Ford tomaram-se de desmedida surpresa.
Mostraram-se revoltados com as detalhadas e minuciosas
exigências estipuladas para as embalagens das entregas, julgando-as
despropositadas e injustificáveis.
Os componentes mecânicos deveriam ser acondicionados em
caixas de madeira de espécie determinada.
As dimensões das tábuas obedeceriam a medidas rigorosamente
corretas, conforme estabelecidas.
Em vez de pregos para prendê-las, usariam parafusos de
fixações especificados e os furos realizados em dimensões e lugares exatos, de
acordo com as instruções fornecidas pelo comprador.
Críticas a Ford pelos produtores foram inúmeras.
“Esse cara é meio doido”.
“Quem já viu tamanho absurdo?”
Até os empregados da montadora estranharam, mesmo sabedores
de que o patrão, além de excessivamente rigoroso no trabalho, possuía gênio
esquisitíssimo.
O volume das aquisições e o bom lucro a ser auferido pelos
fabricantes fizeram-lhes aceitar as imposições e observar, criteriosamente, as
especificações apresentadas.
Depois de recebidos os caixotes, justificaram-se
inteligentemente as estipulações do inventor da produção industrial em série, o
fordismo.
As tábuas formadoras dos caixões acondicionadores de peças,
cujas dimensões foram previamente estipuladas, possuíam tamanhos perfeitos para
o assoalho de madeira do modelo do carro lançado naquela época.
Os diâmetros e localizações dos buracos coincidiam,
exatamente, com os feitos no chassi, possibilitando a pronta e rápida fixação,
com economia de material e mão de obra.
Coisa de gênio...
Administrador e dicionarista Geral Duarte.
Extraído da Revista Brasileira de Administração
Tadeu Artur Cavedem
Consultor Comportamental
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