O ambiente de uma empresa, independentemente do seu tamanho,
está impregnado de ações.
Cabeças pensando todo o tempo, mãos se movimentando,
reuniões acontecendo, pessoas enérgicas ou energizadas submetidas a rotinas
exaustivas e etc.
O clima corporativo é dinâmico, pesado, ágil exigente, cheio
de pressão e quem não se adapta, é o que dizem, obviamente deve procurar outra
coisa para fazer. Sendo assim, essa configuração termina por atrais pessoas
cujo perfil encaixa-se como luva neste turbilhão.
A retroalimentação se estabelece: o mundo moderno do
trabalho é frenético porque pessoas frenéticas nele se encaixam, sendo, ao
mesmo tempo, seus criadores e criaturas.
Sem que percebamos, essa loucura, enorme agitação, pressão
por atingir resultados quase impossíveis, com equipes cada vez mais reduzidas e
prazos mais curtos, tem criado profissionais sem vida pessoal alguma, sem
qualquer conexão com sua alma, infelizes, viciados em adrenalina, incapazes de valorizar
qualquer outro polo na sua existência senão aquilo que fazem.
O pior: quanto mais pessoas provam ter vestido a camisa da
empresa, ter relativizado tudo, apresentado uma devoção quase religiosa à
organização, em alguns casos, mais futuro e reconhecimento terão.
Não é sem razão que, nesse contexto aparecem as figuras dos chefiotas (chefes idiotas), com suas
posturas abusivas, começando no desrespeito e chegando até o assédio moral. Isso
para não falar de psicopatas que se sentam ao lado e se caracteriza por sua
incapacidade sentir remorso, compaixão ou qualquer sentimento que se reconheça
humano, tendo prazer em debochar e hostilizar os outros de maneira humilhante.
Isso não precisa ser assim!
Podemos vivenciar todos os desafios do nosso trabalho sem
nos t ornar pessoas detestáveis. Como fazemos isso? Parar para meditar é uma
pequena demonstração de como isso pode ocorrer.
A meditação é uma poderosa prática espiritual capaz de nos
ajudar a fazer melhor tudo aquilo que temos que fazer.
Por outras palavras, a meditação nos faz profissionais mais
ajustados, humanos, empáticos, portanto, mais eficientes e eficazes.
A meditação é uma pausa para aquietar-se, tranquilizar a
mente, diminuir a tensão. Trata-se de uma prática milenar que ultrapassa
fronteiras religiosas, pois pode ser praticada por qualquer pessoa.
Consiste, em sua versão mais simples, em parar por alguns
instantes, em uma posição corporal própria, controlando a respiração com
exercícios adequados, com o objetivo de aquietar-se silenciar o turbilhão de
pensamentos, sentimento, emoções que agitam o nosso interior.
A meditação visa à serenidade, essa maravilhosa capacidade
de fazer o que tem que ser feito sem estressar a si mesmo e aos outros.
Algumas empresas já entenderam o poder que tem a meditação.
Incentivam seus profissionais a terem tempos de meditação durante o dia.
Chegaram até mesmo a criar salas de meditação. Os resultados logo apareceram.
Percebeu-se que quando grupos de pessoas criam o hábito de
meditar no ambiente de trabalho o grau de atenção aumenta a cada tarefa, a
comunicação melhora, as ações começam a ser planejadas com mais calma, há mais
equilíbrio nas reações, evitando as extremadas; há mais clareza ao expor os
pontos de vista, os líderes ficam mais sensíveis às suas equipes, melhores
ideias e soluções aparecem com mais frequência, pois a mente tranquila está
mais sensível ao insight, aquele pequeno ato de iluminação que pode fazer toda
a diferença.
Cria-se, assim, um ambiente mais produtivo sem ser
neuroticamente estressante!
Obviamente que implantar a meditação como prática dentro da
rotina corporativa vai exigir um nível de sofisticação e inteligência de
gestão, não tão comuns em nossas empresas.
Mas não é para isso mesmo que existem os líderes pioneiros e
inovadores, que com sua capacidade de pensar além do senso comum descobrem
caminhos inusitados?
Trazer a meditação para o dia a dia das nossas equipes
certamente fará do nosso ambiente de trabalho um espaço no qual o meditar
potencializará o nosso agir, pois, ao contrário do que se possa pensar, a
“medita-ação” não é uma perda de tempo; é a prática capaz de nos fazer
aproveitá-lo da melhor maneira possível.
Ao fazer isso, tanto individualmente quanto
corporativamente, estaremos integrando nossa espiritualidade ao desafiante
mundo corporativo no qual vivemos.
Dr. Eduardo
Rosa Pedreira
Professor de
Sustentabilidade Corporativa da FGV
Extraído da
Revista Brasileira de Administração
Tadeu Artur Cavedem
Consultor comportamental
www.futuramente.com.br
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Telefone: 11 4023-2038
Celular: 11 9 9989-4865
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