As organizações de todos os
segmentos, em um mercado altamente mutável, são influenciadas sistematicamente
por diversos fatores, como a globalização, a competitividade e a tecnologia.
Para que as empresas permaneçam
em seu campo de atuação, devem periodicamente rever suas estratégias para se
adaptarem às novas demandas do mercado.
Nesse sentido, pode-se fazer
um paralelo entre o estudo da evolução das espécies de Charles Darwin e as situações
pelas quais passam as empresas em um mercado muito dinâmico.
Dessa maneira, serão
apresentadas analogias entre a evolução das espécies de Darwin e a dinâmica das
organizações nas circunstâncias de competitividade, adaptação e longevidade.
Darwin, (1979) aponta que,
em períodos de fome, distintas espécies lutam umas contra as outras à procura
de alimentos indispensáveis à sobreviverem.
Por exemplo, os lobos mais
ligeiros têm mais possibilidade de sobreviverem do que seus semelhantes menos ágeis.
Eles seguem vivos desde que
economizem muita força para dominar suas presas, tornam-se senhores dela em
qualquer estação do ano e possam se alimentar.
Algo semelhante ocorre com
as organizações adversárias em um mesmo mercado.
Como relata Porter (1989),
os concorrentes são considerados como uma ameaça pela maior parte das corporações.
A atenção é direcionada para
o modo como uma empresa pode obter vantagem contra seus adversários e como a
entrada deles no mercado pode ser evitada.
Pode-se, então fazer uma
analogia entre as fala dos dois autores citados, que mostram algumas estratégias
que seus personagens adotam para sobreviver em seus distintos cenários.
Darwin (1979) demonstra
também que várias espécies de aves reúnem-se em bandos e, na maioria das vezes,
os machos apresentam sua bela plumagem, adotam as mais admiráveis atitudes diante
das fêmeas, expectadoras, que acabam por optar pelo companheiro mais atraente.
Seguindo o mesmo raciocínio,
as empresas também utilizam estratégias para conquistar seus clientes.
Para sobreviver no mercado,
a organização necessita oferecer um diferencial competitivo à sua clientela com
o objetivo de conquistá-la.
Assim como as aves procuram
agradar suas companheiras, as empresas satisfazem os desejos e necessidades de
seus clientes na tentativa de conquistá-los e, com isso, conseguem aumentar sua
longevidade no mercado consumidor.
Porter (1989) destaca que
uma organização será capaz de superar em desempenho seus adversários se
implantar uma modificação importante no seu modelo de gestão.
No processo de adaptação ao
ambiente, Darwin (1979) relata que uma espécie qualquer somente sobreviverá em
uma região onde as condições de vida sejam favoráveis para que muitos sujeitos
dessa espécie possam existir simultaneamente e, assim, salvar-se da total
destruição.
Contudo, determinadas
plantas ou animais afastam-se para abem distante de uma região a fim de não
serem destruídos pelas forças do ambiente e do clima.
Para se adequarem às
mudanças de um novo ambiente, os seres vivos e também as empresas devem se
ajustar às condições do ambiente, para que sua sobrevivência se dê em qualquer
situação.
Nesse sentido, Garelli (1999)
chama a atenção para a adaptação das empresas, demonstrando que elas devem
possuir modelos de gestão ajustáveis, flexíveis, maleáveis, elásticos e que
constituem com facilidade uma interação com o meio ambiente e suas variáveis.
Desse modo, compreende-se
que o processo de adaptação a um novo ambiente e às suas condições é
fundamental para a vida e longevidade de todos os seres vivos.
Da mesma maneira acontece
com as empresas, que precisam constantemente se ajustar às novas ordens
impostas pelos fatores do mercado globalizado.
Darwin (1979) explica que as
espécies do mesmo gênero possuem quase sempre costumes e constituição muito
semelhantes, ainda que haja muitas exceções.
A batalha entre essas
espécies é muito violenta se estiverem em concorrência uma com as outras, mais
do que se a luta ocorresse entre espécies pertencentes a gêneros diferentes.
Seguindo essa linha de
raciocínio, na segmentação de mercado acontece algo parecido.
O setor automobilístico, por
exemplo, no qual a concorrência é muito acirrada, ganha mais clientes a
montadora que oferece o melhor diferencial competitivo para seus consumidores.
Kotler e Armstrong (2003)
confirmam que o segredo para conquistar e manter os clientes é atender às suas
necessidades e possuir um processo de compra melhor do que os concorrentes.
À medida que a organização
se posiciona como fornecedora de valor superior para os mercados selecionados,
ela ganha vantagem competitiva, podendo aumentar seus anos de vida em seu segmento.
Percebe-se que nos exemplos
citados as espécies pesquisadas por Darwin, assim como as empresas, precisam
ser fortes e estar munidas de estratégias que possibilitem sua sobrevivência em
seus distintos cenários.
Vencem e permanecem em seu habitat somente aqueles que efetivamente
consigam se adaptar às diversas condições que lhes são impostas pelo ambiente
em que estão inseridos.
Portanto, para que a empresa
possa ser longeva, os administradores devem utilizar em seu processo de gestão
estratégias e ferramentas que efetivamente se ajustem à realidade do seu
mercado, permitindo que a empresa obtenha vantagens em relação a seus
concorrentes ou os impeça de entrar no seu ramo de atuação.
Em relação a isso, Drucker
(2006) aponta que as organizações devem converter a concorrência global em uma
finalidade estratégica.
Nenhuma empresa consegue
sobreviver no mercado a menos que suas estratégias sejam superiores às de seus
concorrentes.
Nesse sentido, as empresas
longevas também necessitam implementar estratégias de mudanças em seu modelo de
gestão, serem eficazes, flexíveis e, fundamentalmente, devem adaptar-se às
constantes transformações que um cenários globalizado exige a todo instante.
Adm. Edenilson Luiz Gomes
Especialista
em Logística estratégica e mestre em Administração
Tadeu Artur Cavedem
FuturaMente – Treinamento, Assessoria e
Consultoria Ltda.
Telefones: 11 4023-2038
Celular: 11 9 9989-4865
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