“Melhor do que inventar um
produto que todo mundo use é fabricar um produto que todos usem, joguem fora e
depois voltem para compra mais.” (King
Camp Gillette)
O melhor sonho de qualquer
empreendedor é ver sua marca virar sinônimo do produto que fabrica.
Poucos, ou melhor, pouquíssimos
conseguem em suas melhores noites de sono imaginar que isso possa, de fato,
acontecer.
Pois não é que King Camp
Gillette viu, aos 40 anos de idade, sua inquietude por buscar novas soluções
para o cotidiano das pessoas se materializar em algo que todos conhecem pelo
nome de Gillette?
Ou você pede ao vendedor “Lâminas
de barbear” quando vai ao mercado? Muito provável que não.
Essa história de sucesso
começou em 1905 quando o norte-americano de Wisconsin de sobrenome Gillette
desenvolveu um aparelho de barbear.
Sua intenção era criar algo
descartável, que o consumidor utilizasse, jogasse fora e voltasse a comprar.
Algo que fosse mais prático
que a tradicional navalha, instrumento que lhe serviu de inspiração.
Cabe explicar: um dia, enquanto
afiava uma navalha comum, teve a idéia de substituí-la por uma fina lâmina de
aço com duas extremidades, colocada entre duas chapas e presa no lugar por um
cabo em forma de “T”.
Enfim, descobriu onde queria
chegar.
Criou um sistema de barbear
durável e que fazia uso de lâminas descartáveis.
Já em Boston, Massachussets,
no ano de 1901, Gillette se associou ao engenheiro mecânico William Nickerson e
juntos montaram a Gillette Safety Razor Company para iniciar a fabricação em
larga escala do revolucionário aparelho de barbear.
O primeiro lote foi
comercializado em 1903. Foram vendidos 51 aparelhos de barbear e 168 lâminas.
No ano seguinte, em 1904, o êxito
se confirmou. A venda subiu para 90 mil aparelhos e cerca de 12 milhões de lâminas.
Um marco dentro da evolução
da empresa foi a estratégia utilizada para quebrar um paradigma da época e
distanciar os homens das barbearias e incentivar que a barba fosse feita em casa.
Durante a Primeira Guerra Mundial
(1914-1918), a Gillette enviou aparelhos de barbear aos soldados
norte-americanos, que, com isso, adquiriram o hábito de fazer a própria barba.
Outra importante ação de
marketing ocorreu em 1939, quando a marca passou a figurar em eventos
esportivos, o que não deixou de fazer até hoje, e ganhou a simpatia do grande público
consumidor.
O exemplo de King Camp
Gillette ensina a persistir, a apostar na inovação constante, na criatividade,
na autoconfiança como forças motrizes da empresa que busca a perenidade.
Há muito tempo, a marca
Gillette se tornou sinônimo de aparelho e lâmina de barbear.
Extraído da Revista
Brasileira de Administração
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