sábado, 20 de julho de 2013

As tábuas de Henry Ford...


Certa feita, fornecedores de peças para os motores dos automóveis produzidos por Henry Ford tomaram-se de desmedida surpresa.

Mostraram-se revoltados com as detalhadas e minuciosas exigências estipuladas para as embalagens das entregas, julgando-as despropositadas e injustificáveis.

Os componentes mecânicos deveriam ser acondicionados em caixas de madeira de espécie determinada.

As dimensões das tábuas obedeceriam a medidas rigorosamente corretas, conforme estabelecidas.

Em vez de pregos para prendê-las, usariam parafusos de fixações especificados e os furos realizados em dimensões e lugares exatos, de acordo com as instruções fornecidas pelo comprador.

Críticas a Ford pelos produtores foram inúmeras.

“Esse cara é meio doido”. 

“Quem já viu tamanho absurdo?”

Até os empregados da montadora estranharam, mesmo sabedores de que o patrão, além de excessivamente rigoroso no trabalho, possuía gênio esquisitíssimo.

O volume das aquisições e o bom lucro a ser auferido pelos fabricantes fizeram-lhes aceitar as imposições e observar, criteriosamente, as especificações apresentadas.

Depois de recebidos os caixotes, justificaram-se inteligentemente as estipulações do inventor da produção industrial em série, o fordismo.

As tábuas formadoras dos caixões acondicionadores de peças, cujas dimensões foram previamente estipuladas, possuíam tamanhos perfeitos para o assoalho de madeira do modelo do carro lançado naquela época.

Os diâmetros e localizações dos buracos coincidiam, exatamente, com os feitos no chassi, possibilitando a pronta e rápida fixação, com economia de material e mão de obra.

Coisa de gênio...

Administrador e dicionarista Geral Duarte.
Extraído da Revista Brasileira de Administração

Tadeu Artur Cavedem
Consultor Comportamental
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