Em
janeiro de 2015, quando recebeu a notícia de que seria promovido ao cargo de
gerente comercial da empresa de auditoria Crowe Horwath, de São Paulo, o
publicitário Juliano Esposto, de 30 anos, sabia que teria um grande desafio
pela frente.
Além das novas responsabilidades que o
cargo trazia, ele passaria a comandar uma equipe formada por pessoas que, até
então, eram seus pares e, em muitos casos, amigos. “A relação com meus colegas
era muito próxima, a ponto de eu frequentar as festas de família de muitos
deles”, afirma Juliano.
Ao mudar de função, Juliano temia que a
relação com seus amigos — e agora subordinados — ficasse prejudicada. “Sabia
que seria inevitável comparar minha postura antes e depois de me tornar chefe.”
Assumir a chefia de uma equipe formada por amigos é um grande desafio, pois
exige algumas mudanças significativas no relacionamento com os antigos colegas
e agora subordinados.
Problemas ao longo dessa transição são
naturais — medo de desagradar, uso inadequado de relações pessoais e
favorecimentos são algumas das situações.
Mas é possível contornar os
obstáculos.
No caso de Juliano, o caminho encontrado foi manter o diálogo
aberto com a equipe. “Quero que eles me falem se eu estiver errando a mão”,
diz.
A seguir, algumas ações para lidar com seus amigos subordinados.
Comunicação
Manter um diálogo aberto a críticas e
sugestões da equipe é uma das principais orientações dos especialistas. “A
pessoa tem de mostrar que está mudando de cargo, e não de lado”, afirma o
consultor de gestão Ênio Klein, de São Paulo.
Uma comunicação eficiente ajuda o time a
conhecer as regras e diminui os melindres na hora das cobranças.
O ideal é que
haja uma conversa logo de cara, em que fique decidido como as coisas vão
funcionar. “Sem critérios claros, ou a pessoa se torna muito frouxa, ou vira um
carrasco”, diz Ênio.
Estilo
Ao assumir um cargo de liderança, muita
gente acha que deve agir de outra forma. Isso é desnecessário. “em vários
casos, o executivo é promovido justamente por causa do perfil de liderança que
já exercia sobre a equipe”, diz Felipe Maluf, sócio da consultoria YCoach, de
São Paulo.
Mantenha nos relacionamentos a mesma
conduta que garantiu seu progresso. “a única mudança deve ser o acréscimo de
funções”, diz Anderson Sant’Anna, do núcleo de desenvolvimento de liderança e
pessoasda Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais.
Respeito
Muitos se sentem desconfortáveis em manter
relações mais próximas com a chefia.
Respeite isso. esse estranhamento dura
apenas um tempo. não tente obrigar ninguém a manter a mesma postura de antes.
“Alguns colegas se distanciaram no início”, diz Erlon Lisboa, de 35 anos,
que assumiu o cargo de gerente de auditoria e gestão de riscos da rede de lojas
Marisa há dois anos.
Texto extraído de
Exame.com
Tadeu Artur Cavedem
Consultor comportamental
Palestrante motivacional
Celular: 11 9 9989-4865
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