Do
ponto de vista do sucesso profissional, podemos dizer que há duas lições
importantes que podemos extrair de tudo isso.
A
primeira é: a intuição é uma ferramenta importantíssima.
Quanto mais apurada
ela for, mais bem-sucedidos seremos.
Tornar a intuição mais aguçada equivale a
confiar mais em si mesmo, a ouvir sua voz interior, que o conecta a seus
instintos mais profundos.
A
segunda lição nos ensina que as primeiras impressões podem estar erradas, mas
elas deixam sua marca, mesmo assim.
Portanto, não perca tempo tentando provar a
uma pessoa que ela se enganou a seu respeito.
Em vez disso, preocupe-se em
causar uma boa impressão desde o início.
Poucas
coisas são mais trabalhosas e desgastantes do que tentar convencer alguém de
que a primeira impressão dela a seu respeito estava errada.
E há um bom motivo
para isso.
Diversos estudos indicam que as impressões iniciais são muito mais
poderosas do que poderíamos imaginar, pois estão ligadas a um mecanismo de
defesa e proteção que o ser humano desenvolveu para que pudesse sobreviver como
espécie.
Assim,
em vez de tentar lutar contra isso, uma pessoa orientada para o sucesso
preocupa-se em causar uma boa impressão logo de cara.
Mesmo porque, às vezes,
essa impressão inicial que alguém registra a seu respeito pode ser sua única
chance.
Como
você poderia convencer um funcionário de recursos humanos – que, por algum
motivo, teve uma impressão desfavorável a seu respeito durante uma entrevista
para emprego – de que ele está errado e que você é a pessoa certa para o cargo?
Ou como convencer um investidor que não simpatizou com você de que o seu
projeto é excelente?
O
principal problema de se aventurar nessas missões impossíveis — ou quase
impossíveis — é que, muitas vezes, nem ao menos percebemos que causamos uma
impressão desfavorável, e muito menos os motivos pelos quais isso aconteceu.
Pensamos:
“Mas meu projeto era perfeito!” ou “eu tinha todas as qualificações necessárias
para aquele cargo”, ou, ainda, “com certeza eu estava pronto para aquela
promoção”, sem nos darmos conta de que o problema é mais complexo.
Antes
mesmo que nossos projetos, ideias, méritos e qualificações sejam avaliados,
nossa personalidade já o foi.
Conforme
vimos, essa avaliação é feita pelo inconsciente adaptador e, como tal, é
rápida, instintiva e acontece no exato instante em que duas pessoas se
encontram pela primeira vez.
E se, por alguma razão, formos reprovados nessa
avaliação, é bem pouco provável que consigamos passar com sucesso para a
segunda fase, que é a avaliação de nossos projetos, ideias, méritos e
qualificações.
A boa
notícia é que você pode — e deve — ter mais controle sobre a primeira impressão
que você provoca em alguém.
Prova disso é a existência de empresas como a Hurry
Date e a First Impressions e, é claro, as experiências de empresários e muitos
outros que continuam abrindo canais para transformar suas ideias em negócios
bem-sucedidos.
Ao
lerem estas linhas, muitos dirão: “Mas eu não sou carismático, não nasci com
uma personalidade ‘magnética’”. É verdade que algumas pessoas parecem ter o
“dom” de causar uma impressão favorável naturalmente, sem esforço algum.
Contudo, isso ocorre porque elas desenvolveram a habilidade de lidar com uma
série de fatores que contribuem para transmitir uma imagem favorável.
Esses
fatores vão desde o autoconhecimento até a intuição aguçada, passando pela
comunicação verbal e não verbal, pela capacidade de criar empatia, de
transmitir confiança, de saber ouvir e de demonstrar interesse genuíno pelo
outro, e assim por diante.
E se
essas pessoas conseguem, você também pode conseguir.
Autor
do artigo: Ricardo Bellino
Texto extraído do Jornal do Comércio
Tadeu Artur Cavedem
Palestrante motivacional
Consultor comportamental
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