Todas as empresas apresentam algumas características comuns.
Uma delas, e talvez a mais importante, é que há pessoas em sua estrutura
organizacional.
O desafio de estabelecer, manter e melhorar os
relacionamentos interpessoais, o método de comunicação e relacionamento que
promove a troca de informações entre duas ou mais pessoas, é sempre um
obstáculo a se vencido por todos na organização.
Jornadas cada vez mais longas, funções acumuladas e
necessidade constante de aperfeiçoamento estão nas lista de profissionais de
todas as áreas e cada vez fica mais difícil manter o equilíbrio.
Em muitos casos, os cargos de liderança ainda ficam com
quase a totalidade dessa responsabilidade. Sendo assim, esse profissional deve
entender um pouco sobre as características de cada tipo de personalidade,
conhecer um pouco de cada uma das pessoa que irá liderar, para se adaptar a
cada grupo na busca dos objetivos da organização.
Com o dia a dia de trabalho nas empresas é possível observar
três tipos de personalidades, que são o conjunto de características
psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a
individualidade pessoal e social de alguém.
Entre essas características, cabe citar:
A) Os insubmissos
Geralmente têm resistência em obedecer a algumas regras da
empresa por achar que são desnecessárias.
São criativos, têm alto nível de conhecimento sobre suas
tarefas, um bom pode de argumentação e uma implicância com cargos superiores.
Com o insubmisso deve-se sempre buscar a parceria, ouvir
suas opiniões, para que se sinta coautor das decisões e não um simples
executor, pois, sendo assim, seu poder de argumentação será usado de forma
positivo na organização.
B) Os inseguros
Em geral fazem tudo para o que são mandados, não questionam
e não opinam, mesmo que já saibam de algum detalhe que poderá trazer insucesso
ao trabalho solicitado.
Estão sempre demonstrando motivação. Não gostam de mudanças
e têm seu foco em agradar a todos e, principalmente, a seus superiores como
forma de sua manutenção na organização.
Com o inseguro deve-se ter cautela na busca de informações,
pois vão responder de acordo com o que acham ser a resposta que mais agradará.
São ótimos motivadores de campanhas internas e sua lealdade deve
ser sempre aproveitada.
B) Os competidores
Eles têm sede pela vitória, são competitivos e querem ser
sempre os melhores que estão fazendo. Porém, se acham sempre melhores do que
realmente são, têm dificuldades no trabalho em equipe, pois não reconhecem os
talentos dos outros, são proativos e sempre trazem ideias novas.
O melhor caminho a ser seguido com o colaborador que não
abre mão de competir sempre é ter cautela ao coloca-lo em um cargo de
liderança.
No entanto, suas ideias e suas opiniões são sempre
relevantes e devem ser levadas em consideração.
A teoria de Carl Jung, que, em 1927, no livro Tipos
Psicológicos, afirmava que a personalidade humana pode ser composta por
diversos fatores, que, combinados, tipificariam a personalidade de cada um, é bem
adequada para o momento e dá base ao que está sendo aqui colocado.
Estudos complementares de Katherine Briggs Myers e de sua
filha, Isabel Briggs Myers, também colaboram com a argumentação do presente
artigo. Donas de uma fábrica nos Estados Unidos, elas utilizaram seus próprios
fundamentos para realizar a seleção dos seus colaboradores.
O que começou com uma brincadeira entre mãe e filha
tornou-se um estudo sério, sendo a base para o “Indicador Myers Briggs dos
Tipos de Personalidade”.
De acordo com tal indicador, o tipo de personalidade pode
ser identificado por meio de quatro critérios excludentes. Ou seja, a cada
critério, ou você é um ou outro. O primeiro é se você é extrovertido ou
introvertido; o segundo, se é sensorial ou intuitivo; o terceiro, se é pensador
ou sentimental; e o quarto, se é julgador ou perceptivo.
Todos têm um pouco desses três tipos de personalidade,
porém, uma sempre se ressalta e, daí, a necessidade de uma observação especial
a cada caso.
Todos apresentam pontos fortes e fracos. O grande desafio é
sempre incentivá-los a usar os pontos fortes e não deixar os pontos negativos
atrapalharem.
Entender que cada personalidade foi construída durante toda
a vida do indivíduo e atua como um tipo de escudo é fundamental.
Tentar mudá-la na marra não trará bons resultados e promover
conflitos por conta disso fará com que a organização perca pessoas importantes.
Escolher uma profissão que combine com seus traços de
personalidade pode ser um caminho mais feliz para o sucesso, porém, não o
único.
Adm. Rodolpho
Sá Viana Figueiredo
MBA em Gestão de Negócios e Inovação
Tadeu Artur Cavedem
Consultor comportamental
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